As Pérolas Akoya do Japão são a opção ideal se procuras um colar de pérolas clássico, uma pulseira ou uns brincos. São pérolas muito elegantes que, devido ao seu tamanho não demasiado grande, podem ser usadas tanto no dia a dia como em qualquer evento.

Até ao final da década de 90, as pérolas Akoya foram as pérolas mais populares do mundo. Com a melhoria da qualidade das pérolas de Água doce e o seu preço mais acessível, estas foram ganhando terreno, mas ainda assim, hoje em dia, as Akoya continuam a ser a opção ideal para quem procura pérolas mais exclusivas com um brilho único.

Um bom colar de pérolas Akoya é para a joalharia o que uma boa mala preta é para a roupa, um básico que pode ser utilizado em inúmeras situações e que nunca sai de moda.

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Quão valiosas são as pérolas Akoya?

Ao contrário dos mexilhões que criam as pérolas de água doce, as ostras de pérolas Akoya raramente produzem mais de duas pérolas por colheita. As ostras recebem um núcleo redondo de madrepérola e um pequeno pedaço de tecido do manto de uma ostra doadora. Este pequeno núcleo é a razão pela qual as pérolas Akoya são frequentemente tão redondas. Esta forma, combinada com o alto brilho das Akoya de alta qualidade e a sua relativa escassez em comparação com as pérolas de Água doce, conferem às pérolas Akoya um valor superior.

Comparadas com as australianas ou as tahitianas, as Akoya são as mais económicas destas três pérolas de água salgada, devido ao maior tamanho e escassez das primeiras. No entanto, como referimos neste outro artigo, o valor não depende apenas da origem, a qualidade das pérolas em questão também importa, por isso isto é meramente indicativo.

Na SY Pérolas, só oferecemos pérolas Akoya de qualidade muito elevada, escolhidas pessoalmente pelo nosso especialista em pérolas. Como as Akoya são, por si só, um produto mais exclusivo, acreditamos que não faz sentido oferecer aos nossos clientes pérolas Akoya de qualidade inferior, quando podem adquirir, em alternativa, as nossas pérolas de Água doce, de excelente qualidade e preço, que superam em beleza essas outras Akoya de qualidade inferior.

Um dado interessante é que a Ostra Akoya “Pinctada Fucata Martensii” é a ostra mais pequena cultivada para produzir pérolas e, portanto, as pérolas obtidas não são muito grandes.

O tamanho médio de uma pérola Akoya é de apenas 7 mm, enquanto o tamanho médio de uma australiana ronda os 12 mm. Os tamanhos em que podes encontrar pérolas Akoya vão desde apenas um milímetro, até algumas raras exceções de 10-11 mm.

As pérolas Akoya são na sua maioria redondas, embora cada colheita produza uma percentagem de pérolas barrocas e Keshi, que têm o brilho intenso comum na Akoya, mas uma forma e um aspeto irregular.

As pérolas Akoya, a menos que sejam tratadas com corantes, são de cores e tons neutros. A maioria das pérolas varia do branco ao cinza, com tons secundários rosados, verdes ou prateados. Por vezes aparecem algumas de um cinza prateado com matizes azuis ou rosados, mas essas cores são extremamente raras.

Também se podem encontrar pérolas Akoya pretas, graças ao tratamento de radiação com cobalto-60 ou com um corante orgânico. Embora, se procuras pérolas escuras, recomendamos as pérolas Tahitianas, que são as únicas pérolas naturalmente escuras.

A história das pérolas Akoya é, em suma, a história das pérolas cultivadas, já que foram as primeiras pérolas a serem cultivadas no início do século XX.

Se existe um país e uma pessoa a quem devemos a invenção e promoção do cultivo de pérolas, esses são o Japão e Kokichi Mikimoto.

Antes de Mikimoto, na China, conseguiram cultivar as conhecidas como pérolas Mabe ou meias pérolas, em mexilhões de Água doce, pelo que a primeira coisa que Mikimoto tentou foi imitar esse processo, mas com a Ostra Akoya de água salgada. Tentou em 1890 com 1000 ostras e em 1891 com 5000, ambos os experimentos foram um fracasso. Qual era o problema? Os núcleos que estava a utilizar. Por isso, em 1893 decidiu utilizar apenas núcleos de madrepérola. A madrepérola é composta por nácar, que é a mesma substância de que são compostas as pérolas. Desta vez, o experimento foi um sucesso e Mikimoto conseguiu cultivar as primeiras meias pérolas Akoya ou Mabe Akoya.

No entanto, Mikimoto não parou por aí, seu objetivo era conseguir cultivar pérolas redondas. Após vários experimentos, em 1905 Mikimoto finalmente teve sucesso ao colocar o núcleo rodeado por um pouco de tecido de outro molusco doador, dentro do corpo da ostra em vez de no manto.

Em 1908 foi-lhe concedida a patente pelo primeiro e único método de cultivo de pérolas redondas da história.

Fio de pérolas Akoya com o seu característico brilho de espelho.

 

Em 1916 Mikimoto já estava a cultivar pérolas Akoya de forma padronizada, abrindo várias quintas em diferentes locais.

O sucesso das pérolas de Mikimoto foi tão grande que se tornaram um símbolo de orgulho japonês. No entanto, fora do Japão o mundo vivia à margem desta descoberta e continuava focado no comércio de pérolas naturais. Os grandes comerciantes de pérolas naturais não gostaram da descoberta de Mikimoto e até o levaram aos tribunais, pois, segundo eles, tratava-se de uma imitação por ser fruto da intervenção humana. No entanto, a resistência durou pouco e em 1926, no primeiro congresso internacional de joalharia, foi reconhecido e adotado o nome de “pérola cultivada”. Desde então, todas as pérolas produzidas com intervenção humana são assim denominadas.

Em 1938 Mikimoto já tinha lojas em todo o mundo e contava com mais de 350 fazendas que chegaram a produzir quase 10 milhões de pérolas por colheita. A popularidade das pérolas não parava de crescer, mas um evento abalou a indústria e o mundo inteiro, a Segunda Guerra Mundial.

Após a Segunda Guerra Mundial, grande parte da indústria de Mikimoto ficou devastada e a produção passou de quase 10 milhões no ano 38 para apenas 400.000 em 1946. No entanto, as forças americanas que ocuparam o Japão começaram a mostrar interesse e pediram que se voltassem a produzir pérolas, com a condição de que só fossem vendidas ao Gabinete Central de Abastecimento americano. Muitos dos soldados americanos regressaram aos Estados Unidos com colares de pérolas Akoya e a popularidade das pérolas voltou a crescer.

Mikimoto morreu em 1954 aos 96 anos, segundo ele próprio, a sua longevidade foi favorecida por engolir uma pérola por dia durante grande parte da sua velhice.

Após a sua morte, a indústria continuou a desenvolver-se, chegando a ter em 1961 mais de 4500 fazendas no Japão.

Desde 1961 até hoje, a indústria passou por muitas mudanças e a popularidade de outros tipos de pérolas, como as de Água doce, teve impacto, no entanto, as pérolas Akoya continuam a ser a pérola redonda de tamanho médio por excelência.